Educação e Investigação... E Vice-Versa

Do Lê ou Vê:

Conversei longamente esta manhã com o deputado federal Pepe Vargas (PT). Ele disse que espera uma “atuação mais firme do Ministério Público e até da Polícia Federal” em torno das denúncias contra o governo de Yeda Crusius. O deputado também antecipa que existe a necessidade "eminente de investigações" e questionou a falta de respostas à sociedade por parte de órgãos fiscalizadores. Mesmo assim, o ex-prefeito de Caxias do Sul acredita que ainda é muito precipitado falar em processo de impeachment.

Para quem não sabe, a Revista Veja desta semana publica fatos novos em torno da existência de "Caixa 2" na campanha ao governo do Estado e deixa subentendido que Yeda e seus aliados tenham "dado cabo" de Marcelo Cavalcante, um dos principais articuladores da campanha... A morte do ex-representante do governo de Yeda em Brasília é cheia de mistério, desde que seu corpo foi encontrado no Lago Paranoá, em fevereiro.

Agora, é estranho que estas denúncias tenham se intensificado depois do anúncio de que, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, as dívidas do governo foram zeradas...

Mas enfim...

Na verdade, o assunto principal do bate-papo com Pepe foi seu pedido na Câmara dos Deputados para a realização de audiência pública sobre a implantação do curso de Educador Social no país. Uma bela idéia...

De acordo com ele, é a primeira vez que se fala na legalização dessa profissão. “Existem centenas de entidades no Brasil que trabalham com a chamada assistência social, mas não há uma profissionalização”, lembra.

O deputado sugere que o curso de Educador Social seja implantado na Rede Federal de Educação Tecnológica. Para ele, os Institutos de Educação Tecnológica (Ifets) são o caminho da educação profissional no País. Sobre prazos, Pepe Vargas diz que o momento é de discussão e que não deve haver preocupação, pelo menos por enquanto, com datas.

Lembrando que a formação superior para educadores sociais não é novidade em outros países. A Europa tem dezenas de faculdades espalhadas pelo continente. Somente em Portugal, há 13 cursos sobre o assunto. Pepe Vargas acrescenta que desde 2008, estão sendo implantados os Ifets em todo o Brasil, colocando em funcionamento 214 novas escolas técnicas, das quais 73 já estão em atividade.

Teoricamente, os Ifets são uma bela saída para aqueles que precisam de qualificação, tanto em nível médio, quanto superior. E o que é melhor: de graça. Tomara que a Câmara não faça desse assunto um "palanque eleitoral"...