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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MPF X Yeda Crusius

Do Lê ou Vê:

Desde ontem, a Viva News vem repercutindo as investigações que resultaram em pedido de afastamento da governadora Yeda Crusius (PSDB), por parte do Ministério Público Federal (MPF). Conversei ainda durante a tarde com o presidente do PSOL, Roberto Robaina sobre a crise. Ele estava em uma manifestação com representantes de entidades ligadas à CUT na capital dos gaúchos. Durante a entrevista, ele se referiu aos nove acusados como sendo pertencentes à uma quadrilha.

- A situação é muito grave e, agora, depois de longa e embasada investigação do MPF, talvez os gaúchos acreditem naquilo que o PSOL já vinha dizendo há muito tempo, disse Robaina.

Logo em seguida, ainda ontem, também acompanhei a entrevista coletiva da Bancada do PDT na Assembléia Legislativa. Eles anunciaram a inclusão de mais três deputados no requerimento que pede a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no governo estadual.

Faltavam apenas duas assinaturas para a abertura da comissão e o documento acabou ficando com uma a mais. Na visão do deputado Gerson Burmann, a demora nas assinaturas ocorreu porque faltavam provas mais concretas.

- Acreditávamos que apenas o Ministério Público e a Polícia Federal poderiam investigar com mais condições do que a própria Assembléia Legislativa. E isso, agora, vai acontecer e cabe a nós sabermos, através de uma CPI, o que os integrantes do governo gaúcho fizeram,

O deputado Kalil Sehbe agradeceu o apoio e a paciência da imprensa gaúcho no que se refere à participação do PDT na CPI contra a Corrupção.

O terceiro deputado pedetista a assinar o requerimento para abertura da CPI da Corrupção foi Giovani Cherini, que durante a coletiva de imprensa, foi o mais cauteloso em sua manisfetação.

- O MPF nos dará mais embasamento técnico para dizer o que houve no governo estadual, disse Cherini.

A CPI da Corrupção foi aberta oficialmente na tarde desta quinta, na Assembléia Legislativa.

Hoje, conversei com outras duas pessoas sobre o assunto. Um deles foi o presidente estadual do Democratas (DEM), deputado Onyx Lorenzoni. Ele disse que o partido está preparado para qualquer que seja o resultado das investigações. Lembrando que o DEM está presente no governo do estado com o vice Paulo Afonso Feijó. Mas ele exerce função de oposição. Segundo Lorenzoni, o Democratas não depende das ações e reações da governadora.

- Se, e eu disse se houver a determinação judicial pelo afastamento de Yeda Crusius, só ai nós vamos pensar. Afinal de contas é um princípio constitucional, mas existe um se bem grande antes disso, antecipou o presidente.

Mas ai fiz uma pergunta fatídica sobre a atitude de Yeda Crusius em se ausentar do Piratini no momento em que o MPF anunciava o ajuizamento.

Lorenzoni foi enfático:

- Eu não acompanho a governadora desde de 2006, mas acho que foi uma conduta inadequada. Ter a honra de ser eleito governador do estado do Rio Grande do Sul significa enfrentar todo e qualquer desafio ao longo dos quatro anos de mandato. Não aceito que o ocupante do Palácio Piratini não enfrente os problemas que surgem com transparência. O Rio Grande merecia ter neste momento outra atitude de seus governantes. Mas essa é minha opinião e não a dela e de seus aliados.

Outro com quem conversei foi o doutor em Ciência Política e pró-reitor de Planejamento da Universidade de Caxias do Sul (UCS), professor João Inácio Pires Lucas. Ele disse que a situação política pode ser considerada das mais graves na história recente do Rio Grande do Sul. Para o professor, partidos como o PMDB e o PP, que fazem parte da base aliada, são vitais hoje para manter a mínima governabilidade.

- Se um destes partidos resolver se retirar oficialmente do governo, ficará cada vez mais difícil manter Yeda Crusius no cargo, analisou Pires Lucas.

Ainda segundo o professor, na eminência de Paulo Afonso Feijó (DEM) assumir o governo, a situação ficará ainda mais agravada.

- A não ser que seja feito um acordo pela governabilidade, mas isso nunca aconteceu no Estado. Acho difícil que isso ocorra, antecipou.

Lembrando que o destino da governadora e de mais oito pessoas está nas mãos da juíza federal Simone Barbisan Fortes, de Santa Maria. Yeda Crusius disse que os procuradores federais ultrapassaram seus limites e promete ação contra eles.

Para ouvir as entrevistas, acesse o Portal de Notícias da RSCOM e fique por dentro de tudo...

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