FOTO: IVO GONÇALVES/Arquivo PMPA
Ahh, que cidade é essa que exerce um fascínio enorme na gente? Principalmente em quem, como eu, viveu boa parte da vida por lá...
Fui criado em Porto Alegre. Vivi, estudei, briguei, trabalhei, cresci em Porto Alegre. E todo o dia 26 de março é assim: me bate uma saudade!!
Fico lembrando das coisas que aprendi lá. Fui um guri de Porto Alegre. Também fui adolescente por lá... Não há como esquecer!
Lembro, por exemplo, de um enorme tronco de árvore que caiu, à beira do Guaíba, em Belém Novo e que servia de base para todas as brincadeiras. Também era acento pra recuperar o fôlego depois de um futebolzinho esperto entre a gurizada... O tronco ainda servia de paredão pra bater a bola, enquanto o resto da galera não chegava!
Eu devia ter uns 10 anos. Minha bola com gomos vermelhos e pretos foi castigada durante meses, até desfalecer no meio da várzea... A enterramos ali mesmo e demos lugar à outra, que seria torturada igualmente. Belos e bons tempos aqueles!
Foi em Belém Novo também que tive os melhores companheiros que um guri pode ter: cachorros! Pelo menos três deles, marcaram minha vida pra sempre... O Banzé (já falei dele aqui), a Laika e o Dog!
Um pouco mais perto da adolescência, foi a vez do Jardim Ypú - num ponto completamente oposto da cidade -, ser nossa casa por anos! Muita bagunça fiz naquele bairro. Muito corri, muito andei de bicicleta, muito explorei, muito corri atrás das meninhas... Também foi tempo de futebol, mas também de escolhas.
E nas “reuniões dançantes”, era literalmente uma festa! Nada ficava igual, depois de uma noitada na garagem de um membro da “gangue”. Porém, sempre, tudo na paz!! Aliás, paz era algo que não se buscava na época, já que ela estava implícita em tudo e todos... Realmente eram tempos diferentes...
Mas, acredito que minha percepção de Porto Alegre surgiu mesmo quando fomos morar no bairro Petrópolis. Um charmoso bairro não muito longe do centro e onde tinha tudo: escolas, supermercados, farmácias, bancos e lazer... muito lazer! Foi nessa época que o Exército Brasileiro tentou me fisgar de verdade... Foram apenas, porém longos 11 meses da minha vida que prefiro deixar lá, no passado!
Pra quem não conhece o Petrópolis, é um lugar de movimentação intensa e quase ininterrupta. Principalmente na avenida Protásio Alves... Porém, nas ruas paralelas, o ar interiorano e tranqüilo nos faz esquecer que estamos na capital do Rio Grande do Sul.
Enfim, “Porto Alegre é demais...”, como diz a música escrita pelo poeta e professor, hoje prefeito da Capital, José Fogaça e interpretada por sua esposa, Isabela:
Não há uma frase que resuma o que sinto por Porto Alegre! A não ser uma que ouvi hoje pela manhã e é mais ou menos assim: “Podemos considerar a cidade como nossa, quando nossos mortos estão enterrados nela.” Infelizmente não lembro quem é o autor, mas dá uma dimensão do que se pode sentir por Porto Alegre! E se você analisar friamente a frase em questão, ela não fala apenas de pessoas...
Como vem acontecendo há vários, a prefeitura da Capital faz um baile para lembrar a data, no meio da Redenção (outro ponto de grandes e boas lembranças de Porto Alegre). Neste ano, o grande Benito de Paula vai animar a festa, que acontece próximo ao chafariz, neste sábado.
Lembra dessa?
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Parabéns Porto Alegre! Parabéns a todos os gaúchos!!
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