A Vida Alheia

Proponho esquercemos por alguns instantes das teorias de conspirações que envolvem a Rede Globo. Tudo para vermos as entre-linhas de algumas atrações deste que é considerado o maior conglomerado de comunicação da América Latina. A estréia da nova programação trouxe muito mais satisfação do que decepção. Prefiro falar das boas coisas que estão no ar. Lembrando que a Globo está em 99% dos lares brasileiros e milhares mundo afora. Está na TV aberta, o que garante 100% de acesso, com ou sem qualidade; com ou sem a tão aclamada High Definition (HD).

Apesar de precisarmos reconhecer que há outras belas produções na TV brasileira (ainda bem). É o caso do CQC e a Noite é Uma Criança, ambas da Band, Jornal da Record e vários na TVCom (essa na TV a cabo do Rio Grande do Sul), apenas para citarmos algumas.


Na noite desta quinta-feira, 8 de abril, Jornal Nacional (falando bastante sobre a tragédia anunciada no Rio de Janeiro), Viver a Vida, A Grande Família (fazendo uma crítica direta contra os políticos), A Vida Alheia e Globo Mar (com Ernesto Paglia tentando pescar atum). Elas tiveram qualidade técnica e de conteúdo, muito além daquilo que a população espera. Nenhuma destas atrações foi realizada para críticos especializados ou para entendidos em televisão. Foi para a grande massa. Foi para realmente entrar nas casas e para chamar a atenção do povo. Repito o que sempre digo aqui no Blog do Jota: a Globo e suas afiliadas não precisam de propaganda. Mas temos que dar o braço a torcer que esse "padrão" está consolidado no País e não adiantam os levantes contrários...


Destaque para a mais nova criação de Miguel Falabella. Ele é o autor de A Vida Alheia, uma série livremente insparada na vida real (e em outras séries da TV internacional) e que pretende mostrar os bastidores de uma revista de fofocas. Pelo Twitter, acompanhei as centenas de manisfestações falando sobre A Vida... Muitos deles favoráveis e até, parabenizando o autor e a própria Globo. Outros, perguntando de onde Falabella tirou que editores de revistas "mandam" repórteres "inventarem aspas". Foi o caso de Fabíola Reipert, em seu blog no R7, o portal de Record. O tom de Fabíola é quase de indignação!!


Ora!? Não sejamos ingênuos... Desde que o jornalismo existe, sabemos que por trás de um "redator", existe um ser humano. Uma pessoa que tem objetivos e que quer atingí-los. Faça chuva ou faça sol. É a mesma coisa que dizermos que modelos nunca fazem ou nunca fizeram o "teste do sofá". Ou que as mulheres só aceitam fazer fotos nuas em nome da "arte"! E não ética que aguente.


Ainda falando sobre A Vida Alheia, pelo menos dois integrantes estão quase impecáveis: Cláudia Jimenez, como a inescrupulosa editora da revista homônima e Paulo Vilhena como fotógrafo paparazzo. O próprio Miguel Falabella declarou que se inspirou neste tipo de profissional, que se prolifera no eixo Rio-São Paulo e virou "moda" nos últimos tempos. Danielle Winits está, digamos, fazendo um baita esforço para ser uma repórter em busca de "furos" pora se tornar chefe... Marília Pêra querendo ser Meryl Streep em O Diabo Veste Prada ainda não colou!! Cininha de Paula volta a fazer par com Falabella e dirige a série.

FOTO: THIAGO PRADO NERIS/TV GLOBO

Gostei do primeiro! Já havia gosta da volta de Força Tarefa, na terça. Já falei sobre essa série por aqui, ano passado... Espero que A Vida Alheia continue neste caminho. Mas essa é a "minha verdade"!! E até que se prove o contrário, cada um tem a sua...